Projetos
UM MUSEU EM MOVIMENTO
O museu recebe visitas monitoradas e atende às comunidades de Viçosa e da região. Entre os seus projetos destacam-se aqueles voltados às escolas de educação básica, as oficinas temáticas, as exposições itinerantes e a formação dos integrantes de sua equipe.
Para a ex-curadora do museu, Cristine Muggler, a prática pedagógica do MCTAD é diferenciada e intencional, pois “busca a construção do conhecimento por meio do diálogo e da troca de saberes e experiências”.
Em sua sede, o museu conta com uma exposição de longa duração, com a Conviverde e com o Espaço Proibido Não Tocar, além de sala de aulas e projeções, área de trabalho informatizada, área de reserva técnica, depósito e amplo quintal gramado. A exposição apresenta e aborda os três eixos conceituais do museu, através de mostruários e painéis informativos.
A “Conviverde” é a Sala Verde de Viçosa, ligada à Diretoria de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente. Nela, estão disponíveis livros, filmes, revistas e jogos que podem ser utilizados no museu ou emprestados mediante a realização de um cadastro. E o Proibido Não Tocar é um espaço interativo de abordagem do tema Solos, onde o visitante pode visualizar, manusear e experimentar com materiais de solos.
Mas grande parte das atividades do museu é desenvolvida fora do seu espaço físico. Todos os anos, oficinas e mini-cursos de temas ligados às Ciências da Terra são oferecidos para públicos diversos em eventos e encontros científicos em Viçosa e outras cidades. Além disso, as Exposições Itinerantes do museu promovem ações educativas e de divulgação científica em diferentes lugares, especialmente nos municípios da Zona da Mata mineira. A exposição A Terra, um planeta especial é composta por minerais, rochas e recursos minerais, e Solos: evolução e diversidade apresenta as características e a importância dos solos.
Já o projeto Conhecer e Gostar de Solos busca resgatar e ressignificar o tema Solos junto à Educação Básica, através de atividades interdisciplinares nas escolas e no museu. As atividades incluem oficinas temáticas, capacitação de professores e uso da exposição de solos.
Para a ex-bolsista do Programa Institucional de Bolsa e Extensão (Pibex) do museu, Thais Marielen, o trabalho e as ações do MCTAD proporcionam ao estudante sair do universo da academia. “Quando você tem contato com projetos em outras cidades e nas escolas você conhece uma outra realidade”, afirma.
Atividades de Comunicação e Divulgação Científica também são realizadas, com o objetivo de divulgar as ações do Museu, assim como para popularizar os seus temas. São produzidos o informativo Terra Viva, spots de rádio e TV e press releases, além de materiais como a radionovela “A viagem de dona Petrina”, vídeos, folders, painéis e cartazes.
“O museu é um espaço importante por que proporciona aos estudantes de Jornalismo trabalhar com a popularização científica e isso é relevante. É também uma chance de se ter contato com uma visão diferente da profissão”, afirma a então estudante do curso de Comunicação Social da UFV e ex-estagiária do museu, Kelen Ribeiro.
O Museu conta com uma equipe formada por profissionais, bolsistas e estagiários sob a coordenação do professor do Departamento de Solos da UFV, Edgar Batista de Medeiros Júnior, e apoio administrativo de Renato Márcio Souza Vianna. “Os estagiários são confrontados com o exercício do trabalho coletivo e participativo, do aprender enquanto ensina e do diálogo constante. Isso torna o Museu um espaço diferenciado de estágio, onde empoderamento, iniciativa e autonomia são exercitados em um ambiente de aprendizagem prazerosa e solidária”, destaca Cristine.
O Museu está aberto à visitação de segunda à sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h. Visitas monitoradas nesses ou em outros horários devem ser agendadas com antecedência.